O
Conselho Regional de
Medicina recomendou a interdição do Hospital Regional Justino Luz, no município de Picos. De acordo com o presidente do
Conselho Regional de
Medicina, Fernando Correia Lima, o pedido de interdição foi aprovada por unanimidade na última reunião do Conselho. Ele disse que dos 40 membros 25 compareceram a reunião e aprovaram o pedido de interdição. O pedido deverá ser encaminhado ao Ministério Público do Estado.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Picos, José Almeida disse que no caso da interdição os médicos irão paralisar as atividades e apenas os casos de extrema urgência serão atendidos. O Hospital Justino Luz tem 100 leitos e é o principal local de atendimento médico da população da macroregião de Picos tem 43 municípios.
De acordo com Fernando Correia Lima o secretário de Saúde, Telmo Mesquita, pediu um prazo de 15 dias para tentar sanar os principais problemas do Hospital, que hoje atende a grande região de Picos e possui 100 leitos. "Demos um prazo para que as irregularidades éticas fossem sanadas e depois disso voltamos a verificar a situação se não for cumprido o que determina o conselho o pedido será encaminhado", explicou.
A revelação do presidente do CRM foi feita ontem durante o VI Congresso Brasileiro sobre a Situação do Médico realizado em Teresina. Segundo o presidente a principal irregularidade do Hospital é a falta de um diretor técnico. "Esse é o principal problema, porque o diretor técnico é o médico responsável por tudo no hospital e sem um diretor técnico o que ocorrer no atendimento não pode ter um responsável", acrescentou. Na análise de Fernando Correia Lima a crise de infraestrutura dos hospitais regionais do Estado está impedido que os médicos aceitem cargos de gestão.
"Nós já informamos ao secretário de Saúde do Estado e ele nos pediu um prazo para tentar resolver o problema", explicou Fernando Correia Lima. O Hospital de Picos já passou por duas inspeções do CRM. Durante as inspeções foram constatadas várias irregularidades. Na primeira inspeção foi dado o prazo de 90 dias para que o Estado corrigisse os problemas. Como o prazo não foi cumprido uma nova inspeção foi realizada há duas semanas.
Fonte: Diário do Povo